Eu levanto por volta das cinco horas da manhã. Ligo a televisão e fico escutando o telecurso segundo grau, enquanto me arrumo. Sempre tem coisas interessantes; é uma matéria que relembro, um ponto de vista diferente, uma visão nova sobre o mesmo assunto já batido. Eu gosto.
Outro dia fomos assistir uma peça de teatro e um dos atores era aquele afrodescendente ( ridículo ter que usar essa palavra) de cabelo grisalho, e eu olhei para ele e me veio um sorriso, mal sabe ele que ele é um dos primeiros homens que vejo pela manhã, quando acordo...
Bom, mas o que eu ia falar é que tem gente que prefere acordar com noticiários cheio de noticias ruins, outros com programas estilo Gil Gomes, cheio de barbaridades e pedofilias. Será que começar o dia com essas imagens faz bem? Por que quando a gente ouve, a gente vai imaginando o que está sendo falado. A imagem fica registrada na cabeça, até ser substituida por outra. Começar o dia com essas imagens sanguinolentas na memória não deve fazer bem nenhum. E para que?
Lembro de uma vez, uma amiga minha comentando sobre o caso de dois meninos que foram barbarizados em uma cidade do interior, e eu perguntei: que diferença faz para você saber disso?
Vai mudar alguma coisa para os meninos? Vai lhe trazer algo de útil? Ahhh ela respondeu, é bom saber e eu perguntei: Por que e para quê? Ela não soube responder.
Eu acordo todo dia de bom humor, mesmo hoje que mal dormi, tossindo a noite inteira. Mas não permito que essas imagens negativas se instalem na minha cabeça.
Uma vez, ouvi um repórter perguntando para um especialista se tinha aumentado a queda de raios, ele respondeu: Não, não aumentou, o que aumentou foi a informação, hoje em dia cai um raio no interior do Paraná e já tem alguém com uma câmera registrando.
Sempre houve crimes, pedofilia, sequestros, a diferença é que hoje sabemos dessas coisa na hora que acontecem. É bom serem noticiadas, claro que é! quanto mais divulgação, mais as pessoas vão se mobilizar para acabar com isso. Mas é preciso atitude, não adianta só enchermos nossa cabeça com noticias ruins e ficarmos de braços cruzados, reclamando das "autoridades" compententes. É preciso que cada um faça a sua parte.


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