BOLETIM MÉDICO Nº




A Pitchula está bem. Mais uma que ela passa.


Na semana passada, ela passou pela clínica de obstetrícia por que estava com uma secreção na vulva; foi feito um Ultra-som e constatou que tinha líquido dentro do útero. Como ela tinha tido um arremedo de cio (lembra que ela estava assanhada?), as bactérias de aproveitaram que tinha líquido, e deitaram e rolaram...Piometra! O médico, Dr Marcelo, disse que a indicação seria a operação, retirada do útero e ovários, mas pela idade dela, pelos problemas cardíacos e renais, não era aconselhável, e tentou com antibiótico. Na quinta-feira, no retorno, ela refez os exames sanguíneos e estavam bons, consequentemente a falta de apetite dela não era por causa dos rins ou fígado, como eu cheguei a imaginar, (por causa do antibiótico); verificou-se que a infecção só aumentou, e se ela tivesse em jejum ele teria feito na quinta mesmo. Marcou para sexta, dia 18. Eu já tinha imaginado que isso poderia acontecer, as coisas não são muito fáceis pra nós. Sempre aparecem desafios novos. E eu já tinha decidido que se perdê-la numa mesa de operação, terei a consciência tranquila, pois pior, é a omissão.

Não deu tempo nem para me angustiar, na quinta ainda tive que levar meu pai de volta para o interior, e ela foi junto. Pegamos trânsito na ida, temporal e voltamos para casa lá pelas 23 hs, tempo de comer algo, tomar banho e dormir. Por um lado cansativo, por outro foi bom, não tivemos tempo nem de pensar.

A operação foi cercada por todo um cuidado, por causa da anestesia, e até que foi rápida, pensei que ia ser mais demorada. As médicas da clínica, da qual a Pitchula é paciente, já tinham elogiado muito o Dr Marcelo, que era muito competente, e realmente, ele me passou uma tremenda confiança. Quando eu vi umas estagiárias que, pareciam, tomar a frente na anestesia, fiquei apreensiva, mas quando o médico chegou fiquei mais aliviada. O anestesista mesmo, um loiro, não muito simpático, mas seguro de si, me passou um ar de competência, apesar de não ter conversado com ele. A cirurgia começou antes das 11hs da manhã, e ao meio dia e pouco eu já estava com ela, esperando-a acordar. Ela foi voltando lentamente, parecia uma gatinha resmungando. Ainda assim fiquei preocupada, passa um monte de coisa pela cabeça...Ficamos lá até umas 15 hs, por segurança, mas ela estava bem. Fez xixi, caminhou um pouquinho.

A noite, em casa, comeu um pouco, fomos na rua, ela fez xixi e cocô. As pessoas não tem idéia como um cocô firme pode fazer alguém feliz. Acho que só mães podem entender.

Agora está tudo bem.

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